Land Hover Discovery HSE
Primeiras impressões
Um conselho aos interessados no Discovery: experimentar um Range Rover Sport (ou qualquer carro da linha Range Rover, na verdade) antes de dar a partida num Discovery pode levar a uma conclusão equivocada, desfavorável ao SUV intermediário da marca. A diferença no comportamento dinâmico entre eles é latejante, sobretudo nas curvas, porque a proposta aqui não é de esportividade, mas sim com foco na praticidade, no multiuso, nas viagens longas e sem pressa. O Discovery é claramente o carro da família, e com ela em mente deve ser conduzido.
Um conselho aos interessados no Discovery: experimentar um Range Rover Sport (ou qualquer carro da linha Range Rover, na verdade) antes de dar a partida num Discovery pode levar a uma conclusão equivocada, desfavorável ao SUV intermediário da marca. A diferença no comportamento dinâmico entre eles é latejante, sobretudo nas curvas, porque a proposta aqui não é de esportividade, mas sim com foco na praticidade, no multiuso, nas viagens longas e sem pressa. O Discovery é claramente o carro da família, e com ela em mente deve ser conduzido.
O que não significa que o SUV seja lento. Com o tempo, se acostumando com os limites impostos pela sua altura, é possível andar rápido e, até certo ponto, despreocupado: ao sinal de qualquer deslize numa curva feita de maneira mais abusada, o controle de estabilidade segura os ímpetos e retoma a ordem. Em linha reta, o Discovery dispara como uma espécie de elefante recordista dos 100 m rasos, com vigor, imponência e ignorando todo seu tamanho. Em altos ou baixos giros, o câmbio automático opera soberbamente os 256 cv e 61,2 kgfm de torque. O único ponto que merece crítica é a irritante resposta do acelerador, bem mais lenta do que o normal – mesmo para um carro sem intenções esportivas.
No interior, além do acabamento esmerado, dos materiais de alta qualidade e do isolamento acústico esperados de um Land Rover (especialmente de um que custe R$ 354,2 mil), há fartura de espaço em todas as fileiras, a ponto de ser possível cravar que o Discovery é o único SUV que verdadeiramente leva sete passageiros; os demais que se candidatam a carregar o sexto e sétimo ocupantes não o fazem com espaço decente na terceira fileira – a não ser que esta seja ocupada por crianças. Há até certo conforto ali, com saída do ar-condicionado, porta-objetos e porta-copos.
Não foi possível levar o carro para trechos fora de estrada, mas a marca já goza de uma reputação no quesito que fica subentendido que não há Land Rover que seja incompetente no off-road. Quanto ao Discovery, basta dizer que nos testes para imprensa ele reveza com o Defender (na essência, o mais jipe entre os utilitários da marca) o papel de carro de apoio, aquele destacado para salvar os demais na hora do sufoco.
Em suma, o Discovery é prazeroso ao volante não apenas por um aspecto, mas sim pela reunião de conforto, posição de guiar, fôlego do motor e maciez da suspensão. E acaba sendo um carro desejável por uma combinação única de espaço, versatilidade (rebatendo os bancos traseiros dá para carregar uma bicicleta sem desmontá-la, ou até mesmo improvisar uma cama), estilo, desempenho e habilidade no off-road.
Não há muito sentido em recomendar um carro de 4,80 m de comprimento, 2 m de largura e 1,89 de altura para uso urbano, mas se esse é o desejo de 99% dos clientes – que raramente colocarão a reduzida para funcionar e o máximo de aventura que enfrentarão será numa enchente –, dificilmente alguém apresentará uma proposta mais interessante do que o Discovery.
Nova era
A discreta remoção do numeral depois do nome do SUV e a substituição do logotipo "Land Rover" por "Discovery" no capô sugerem o tamanho da transformação pela qual o utilitário passará em 2015: a Land Rover confirmou, durante o Salão de Genebra, que uma nova “era” para o SUV começará em 2015, como mostra o vídeo ao lado. O recado foi sucinto, acompanhado da silhueta do futuro modelo e sem muitas explicações: “o Discovery se tornará uma família de veículos a partir de 2015”.
A discreta remoção do numeral depois do nome do SUV e a substituição do logotipo "Land Rover" por "Discovery" no capô sugerem o tamanho da transformação pela qual o utilitário passará em 2015: a Land Rover confirmou, durante o Salão de Genebra, que uma nova “era” para o SUV começará em 2015, como mostra o vídeo ao lado. O recado foi sucinto, acompanhado da silhueta do futuro modelo e sem muitas explicações: “o Discovery se tornará uma família de veículos a partir de 2015”.
Traduzindo: a gama de produtos da Land Rover se ampliará de terá divisões claras, apoiada nas categorias Luxury, onde se encaixam os exemplares da linha Range Rover; Dual Purpose, divisão do futuro Defender e, talvez, do produto originado a partir do conceito DC100; e Leisure, composta pela futura família Discovery, que além da próxima geração do próprio abrigará também o próximo Freelander.
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